Como flor silvestre surgistes em meu jardim.
\nN\u00e3o sabia que te havias plantado
\nSequer sabia que existias.<\/p>\n
<\/p>\n
Demorei pra te descobrir,
\nPor que nunca quisestes te me mostrar?<\/p>\n
<\/p>\n
Minha boca torta,
\nAs ideias turvas
\nOs pensamentos confusos
\nFoi preciso o espelho do outro para te enxergar.<\/p>\n
E agora?
\nEis desvelado nosso desiderato
\nTerei que te cultivar.
\nTer\u00e1s que me cativar.<\/p>\n
<\/p>\n
Ao cultivar-te a alma
\nesmero no meu oficio de jardineiro.<\/p>\n
<\/p>\n
Tu buscas luz e calor
\nTe mostro o sol
\nTe acomodas
\nTe jogo nas trevas<\/p>\n
Tu buscas alimento
\nTe compartilho ideias.
\nTu buscas respostas
\nTe dou perguntas<\/p>\n
Por vezes te podo
\nNoutras te protejo dos predadores,
\nTe afasto das ervas daninhas.
\nErrei, confesso, te segurei.<\/p>\n
E quando estiveres pronto
\nN\u00e3o poderei colher-te
\nN\u00e3o me pertences
\nN\u00e3o me pertencer\u00e1s
\nE nosso moto continua.<\/p>\n
<\/p>\n
Eis ai nosso desiderato
\nA nossa (dura) lei
\nTu me cativas
\nEu te cultivo\u2026
\nApenas.<\/p>\n","protected":false},"excerpt":{"rendered":"
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